sábado, 16 de junho de 2007

Savoia Marchetti s 55 (1925 Itália)

Um dos aviões italianos mais famosos foi protagonista de muitas façanhas em sua época. Hidroavião de dois botes com dois motores em linha, foi usado tanto na versão civil como militar, atuando como bombardeio e reconhecimento marítimo na Luftwaffe e no exército italiano na segunda guerra mundial.
Entre 13 de fevereiro e 16 de janeiro de 1927 um s 55 batizado com o nome de “Santa Maria”, tendo como tripulação Coronel Francesco De Pinedo, Major Carlo Del Prete e mecânico Vittale Zacchetti efetuou o Reide das duas Américas. A viagem foi dividida em três etapas, a primeira de Elmas(Itália) a Buenos Aires. A segunda etapa de Buenos Aires a Phoenix, Arizona. Quando o S 55 desceu em Phoenix um incêndio destruiu todo o aparelho. A tripulação encomendou outro aparelho batizado de “Santa Maria II”, que foi enviado de Génova a Nova York no transatlântico "Duilio". A terceira etapa efetuou-se de Nova York a Roma. Ainda neste ultimo trajeto outro acidente viria acontecer perto da ilha dos Açores. Submetido a continuo e forte vento contrário, o "Santa Maria II" registrou um consumo excessivo de gasolina e teve que descer em pleno Atlântico a uns 200 km da ilha das Flores. Essa descida forçada ocasionou diversas avarias e o aparelho teve que ser rebocado para acosta. Depois de reparos realizados em Lisboa o aparelho enfim chegou a Roma em 16 de junho de 1927.
De 17 de dezembro de 1930 a 15 de janeiro de 1931, Ítalo Balbo guiou quatorze S 55 de Ortobello (Itália) ao Rio de Janeiro. Somente conseguiram completar a travessia 11 aparelhos, quatro se envolveram em acidentes matando e ferindo suas tripulações. O feito ficou registrado como um marco no planejamento estratégico. Ao chegarem, os aparelhos foram comprados pelo Brasil, negociados por café, e entregues a Aviação Naval. E em junho de 1931 foi realizado um reide com pilotos brasileiros, comandado pelo Capitão-de-Corveta Antonio Augusto Schorcht, do Rio a Buenos Aires e Montevidéu.
O mesmo Ítalo Balbo em 1933 conduziu vinte e quatro S 55 no cruzeiro do Atlântico Norte.
Também em 1926 o brasileiro João Ribeiro de Barros efetuou a travessia heróica e cheia de dificuldades de Genova a Santo Amaro com um Savoia Marchetti S 55 batizado “Jahú”. Mas essa é uma história que merece um post a parte.



No vídeo documentário sobre a vida de Ítalo Balbo, onde aparecem os Savoias Marchetti nos reides para a América e outros aviões históricos italianos. Balbo foi piloto na primeira guerra, ministro da aeronáutica na era fascista e governador da Líbia, em 1933 até sua morte em 1940. Quando de uma viagem para Tobruk foi abatido por engano par uma artilharia anti-aérea italiana.

2 comentários:

Anônimo disse...

Oi, achei teu blog pelo google tá bem interessante gostei desse post. Quando der dá uma passada pelo meu blog, é sobre camisetas personalizadas, mostra passo a passo como criar uma camiseta personalizada bem maneira. Até mais.

Anônimo disse...

Olá Sid. Realmente o Jahú merece um capítulo à parte, ainda mais para nós brasileiros. Na verdade a primeira e festejada travessia do Atlântico por João Ribeiro de Barros e sua equipe foi no final de abril de 1.927 e não em 26 como está postado, tendo amerrissado em Fernando de Noronha. Vale à pena o pessoal se informar sobre o Jahú que após ter sido abandonado aos cupins no museu da aviação do Ibirapuera na capital de SP foi restaurado e está no museu da Tam em São Carlos, SP. Este é sem dúvida um marco da aviação mundial realizado por brasileiros. Um grande abraço e parabéns por esta matéria! Toni Almeida.